Foto: Ana Lúcia Medeiros
Maria Valéria Rezende nasceu em Santos, São Paulo, onde viveu até os 18 anos. Em 1965, entrou para a Congregação de Nossa Senhora, Cônegas de Santo Agostinho. Dedicou-se sempre à educação popular, primeiro na periferia de São Paulo e, a partir de 1972, no Nordeste, vivendo em Pernambuco e depois na Paraíba, no meio rural, até 1986 e, desde então, em João Pessoa, onde está até hoje. Seu mais recente livro é Carta à Rainha Louca (Editora Alfaguara).
A conversa com Maria Valéria Rezende, regada a café com bolo e biscoito, tem como cenário uma mesinha branca cercada de plantas, no jardim da casa onde ela mora, em João Pessoa. Os cabelos naturalmente negros (herança do pai), os dentes joviais e a vivacidade escondem as oito décadas (quase 82 anos) de vida bem vivida. Seriam a leveza e a tranquilidade as razões de tanta jovialidade? Ou ser “perfeitamente calma, aconteça o que acontecer”, como define a si mesma, é o segredo dessa, digamos assim, eterna juventude? Somado a isso, há um elemento singular: o interesse pelas pessoas, a curiosidade. Gosta de gente, de pessoas comuns, de aproveitar o que o outro tem de mais interessante. Porque, faz questão de enfatizar, “cada pessoa é única, especial”. E é exatamente com esse modo de olhar ao redor que constrói as histórias que ganham vida nos livros e contos que encantam leitores. Quando tudo isso começou? Lá na infância, entre livros e pessoas da família, das quais nunca se desligou. Mesmo que o tempo e a distância sejam a marca dessas relações de afeto.
Os prêmios, o circuito da fama, não a fascinam. Gosta mesmo é de criar novas histórias com seus amigos, sentar no jardim da casa e tomar café com bolo e biscoito no meio da tarde, como é hábito das freiras e também uma tradição na Paraíba. O encontro com essa santista que, na verdade, é uma cidadã do mundo, mas acolheu João Pessoa como sua morada definitiva, é pura sintonia. Vamos conferir?
Em algumas de suas obras podemos identificar aspectos autobiográficos? A história do lutador que enfrentou sérios perigos ao andar pelo Brasil em busca de coisa mais preciosa que prata e ouro, em “Ouro dentro da cabeça” (2012), por exemplo, narra um pouco de sua trajetória enquanto missionária na luta contra a miséria e a tristeza?
O que escrevo é o que vi do mundo. Mas não é autobiográfico, no sentido de que a narradora é um personagem que eu crio. Não sou eu. Por exemplo, em “Outros Cantos”, a realidade descrita ali, no primeiro povoado que eu vivi quando cheguei ao Nordeste, em 1972, era exatamente assim, de um povo que vivia de tecer redes, dominado por um único dono. Mas a personagem é bem diferente de mim. Eu não sou uma pessoa sonhadora, como ela. Eu sou muito objetiva. É uma personagem que eu criei. Então, não é autobiográfico, nesse sentido, mas é bioficcional [obra de ficção baseada na vida do autor]. Eu não poderia escrever o que escrevi se não tivesse andado pelo mundo. É assim que, em “Outros Cantos”, eu comparo os desertos onde passei algum tempo: Deserto de Saara e Deserto de Sonora, no México.
A experiência humanitária sempre oferecia algum risco por enfrentar poderes consolidados, não é?
Sim. Mas não tenho medo de nada. Aconteça o que acontecer, eu permaneço completamente calma. Não é que eu não tenha noção do perigo. Eu tenho. Mas não tenho aquela reação de ficar com a boca seca, o coração disparado. Com isso eu consigo escapar de uma porção de situações complicadas. É um defeito genético que tenho e que me favoreceu. Eu andei pelo mundo e, em todas as viagens, a trabalho, nunca como turista, eu estava sempre com os nativos. Isso é uma oportunidade fantástica.
Como é a sua rotina em João Pessoa? Que aspectos positivos e negativos a vida na capital paraibana, distante do chamado eixo cultural do país, traz para a sua trajetória como escritora, como religiosa, como pessoa?
Eu não quero sair de João Pessoa. Bom, o Brasil é injusto e maluco. Porque, eu me lembro que quando comecei a ganhar prêmios com os meus livros, as pessoas diziam: “agora você vai voltar pra cá, não é?”. Como se eu estivesse vivendo na Paraíba por não ter competência, status pra viver no Rio de Janeiro ou em São Paulo. Deus me livre! A Paraíba é o lugar do Brasil com maior densidade de talento. Eu sempre digo: de cada três paraibanos, dois são artistas. O terceiro só ainda não sabe que é. Aqui há uma mistura de talentos, que não troco por nada. Nos outros lugares, o pessoal da literatura tem seu lugar, o pessoal da música vive em outros espaços. Aqui, não. Uma coisa que temos aqui,e que é muito bacana, é que nós fazemos parcerias. Por exemplo: uma das coisas que gosto muito de fazer, sobretudo nos livros infanto-juvenis, é pedir aos meus amigos artistas plásticos que façam as ilustrações. Eu tenho livro ilustrado pelo artista plástico Clóvis Júnior [arte naif] e por Gildo Xavier;outra obra é ilustrada pelo grafiteiro Thiago da Silveira, que fez uma ilustração meio maluca para “Vovó Sabe Voar”. Linda! As crianças adoram!Meu amiguinho Guga Limeira, que é multiartista, está musicando a minha prosa – ele pega trechos de meus livros e está fazendo canções. Então é tudo assim. Tudo misturado. Uma coisa fantástica. E aqui somos todos iguais. Não tem essa coisa de alguém se destacar por ser isso ou aquilo. O Clube do Conto da Paraíba, por exemplo, vai publicar agora um livro com quarenta e quatro autores. Uma coletânea comemorativa aos vinte anos de existência. A gente se encontra todos os sábados. A cada semana a gente faz uma votação e escolhe um tema. Cada pessoa é desafiada a escrever um conto sobre aquele tema para o sábado seguinte. Algo completamente horizontal.
Desse modo, a minha rotina é não ter rotina. Eu tenho que atender a vários tipos de solicitações: um amigo que quer uma opinião sobre o livro dele; outro que me pede para escrever o prefácio; a amiga que quer comprar um livro meu, já que tive de montar um espaço em casa porque meus livros nem sempre são encontrados nas livrarias locais. Ou atendo pela loja virtual: as pessoas encomendam pela internet e eu envio pelos Correios.
Como começa a sua vida de escritora?
Eu não queria ser escritora. Minha avó dizia: “você escreve muito bem”. Me incentivava. Uma vez por mês eu escrevia uma carta para ela. “Vovó, eu estou aqui, sentada em frente à janela da minha casinha no povoado onde moro. Estou vendo passar Fulano...”. E aí eu inventava uma história pra ela, “com um beijo de sua neta”. Ponto. Eu vivia no povoado Pilõezinhos, no brejo paraibano, um lugar tão pequeno que nem Correios tinha. Uma vez por semana, o pessoal dos Correios ia buscar e levar as correspondências em uma cidade a 11 quilômetros dali.
Eu não tinha um tostão. Vivia de troca de serviços e bens com o povo. Eu escrevia e lia cartas de todo mundo, já que a maioria era analfabeta. E, como muitos ali não tinham uma foto, sequer, eu fazia as fotografias com uma maquininha que ainda tenho. Eu fazia os slides, revelava e fazia o monóculo, uma peça de plástico colorido em formato cônico menor que a palma da mão e tem em uma das extremidades uma lente e na outra uma tampa branca na qual é encaixada uma pequena foto. E assim, todos os dias de manhã cedo, quando eu abria minha janelinha, já tinha ali minha comidinha: um saquinho de feijão verde, três ovinhos de capoeira, um pouquinho de milho moído, coisas assim. Eu tinha tudo. Era ótimo! O pessoal dizia: “o que ela come? Ela não tem roçado”. Então, as pessoas deixavam ali, pra mim, as coisinhas.
E das cartas para a sua avó surgiam as histórias que vieram a ser publicadas?
Sim. Eu dava a volta ao mundo. Viajava a trabalho. Me mandavam a passagem e eu ia. Como eu não tinha dinheiro pra comprar um presente pra ninguém, eu pegava uma daquelas histórias que tinha escrito para a minha avó, batia à máquina, levava e dava de presente: “escrevi pra você”. Desenhava e pintava uma capinha com carvão e urucum. Um dia, em viagem a São Paulo, levei uma história pra uma de minhas irmãs. Mas, quando cheguei lá, lembrei que era o aniversário do [Frei] Betto. E, na reunião na qual nos encontramos, eu dei pra ele (depois levei outro conto pra minha irmã). Aí, passou-se um tempo. Certo dia uma pessoa me telefonou e disse: “olha, eu sou da Editora Moderna e eu estou aqui com um conto seu. Já mostrei para os outros editores, todos concordam que não é uma principiante, mas ninguém nunca ouviu seu nome. Eu queira que você mandasse tudo o que tem”. Eu falei: “olha, engano, eu não sou escritora nem nunca mandei nada pra nenhum editor”. Ele começou a ler pra mim e eu reconheci a história. E aí foi uma longa história... Levei anos pra decidir publicar. Depois começou a acontecer uma porção de coisas e eu continuei escrevendo. Nesse sentido, [Frei] Betto me pagou na mesma moeda. Eu fui a primeira editora dele e ele o meu primeiro editor.
O que, na sua opinião, faz uma pessoa escrever bem?
Um dos problemas que vejo hoje é que estão acabando com a nossa língua. A língua está encurtando. É um horror! Então, a sugestão que eu dou é: leia, pelo menos, cinco páginas de um dicionário por dia. O papel do escritor é enriquecer a língua. Eu concordo que a língua é dinâmica, mas é preciso mudar para enriquecê-la e não para encolher.
E tem também a coisa do ler e escrever sempre, não é?
Sim. Eu escrevia no colégio, participava de concursos literários em Santos, onde vivi até os dezoito anos, convivendo com jornalistas, escritores, pessoas de várias nacionalidades. Eu lia livros, dicionários, tudo. Em várias línguas.Além disso, eu nasci em uma família de leitores.A casa de minha família tinha uma biblioteca enorme que minha avó sempre dizia ser a nossa maior riqueza. Eu sempre gosto de contar uma história que considero emblemática: o meu avô e o meu bisavô foram os maiores comissários de café da bolsa de Santos, mas perderam tudo na crise de 1929/1930. Venderam tudo o que tinham para pagar as dívidas. A única coisa que não venderam, porque pouca gente se interessava em comprar, eram os livros. E a casa onde a minha avó morava não tinha sala para abrigar os livros, que ficavam no corredor. Certo dia vi minha avó olhando os livros. Perguntei se ela precisava de ajuda para encontrar algo. Ela respondeu: “não. Eu sei onde estão todos os livros. Eu estava pensando: muitos acham que ficamos pobres”. Isso me marcou muito.
Um dos problemas que vejo hoje é que estão acabando com a nossa língua. A língua está encurtando. É um horror!
Na época em que integrava uma rede latino-americana de alfabetização popular, você teve a oportunidade de conviver, em Cuba, com Gabriel García Márquez e Fidel Castro. Certamente, com muito aprendizado. Mas dois nomes são muito significativos na sua trajetória: Frei Betto, seu companheiro desde a adolescência, e Paulo Freire, uma referência na prática educacional.
É. Tinha os cafés com García Márquez e as andanças nas ruas de Havana com Fidel Castro. Frei Betto e eu éramos companheiros desde a JEC – Juventude Estudantil Católica. Depois, quando Betto estava preso(de 1969 a 1973), os pais dele me inscreveram na Justiça Militar como representante da família, que não vivia em São Paulo, onde ele estava preso. Eu tinha licença de visitá-lo no Presídio Tiradentes. E era eu quem tirava as cartas de lá. Eu transcrevia tudo e levei para a Europa. Uma coletânea dessas cartas foi publicada na Itália pela editora Mondadori, em 1971, com o título “Nos subterrâneos da história” (em italiano). A edição em português recebeu o nome de “Cartas da Prisão”, lançada pela Civilização Brasileira,em 1974, com seus dois últimos anos de cárcere.
Paulo Freire eu conheci muito. Eu li a Pedagogia do Oprimido ainda datilografado, com correções à mão. Em 1969, quando ele já estava no Chile, exilado, eu fui pra lá e fiz um mês de curso de formação com ele. E depois eu fiquei por mais um mês acompanhando um trabalho educativo que ele fazia no interior do Chile durante o governo de Eduardo Frei, democrata.
Depois, aqui na Paraíba, eu trabalhei na Diocese de Guarabira, de 1976 a 1989, fazendo formação de educadores populares. E quando Paulo Freire voltou para o Nordeste, depois do exílio, ele foi a Guarabira. E me disse: “eu quero saber o que vocês estão fazendo. Me disseram que eu tinha de vir aqui”. Mostrei tudo a ele. Era engraçado porque a reação dele era: “então é verdade”. Ele só dizia isso porque significava que o trabalho dele estava gerando frutos aqui. Nós tivemos muitos encontros depois disso, até dois meses antes de sua morte, em encontro casual em aeroporto.
Tendo como referência essa sua relação com Paulo Freire, é possível resgatar o sentido de esperançar, na complexidade dos tempos atuais, em que a valorização do ser humano tem sido colocada tão em segundo plano?
Com certeza! Eu não desisto nem um minuto e tenho razões para acreditar. Porque também estão acontecendo coisas muito bonitas e muito esperançantes. Nós vemos muitos jovens muito engajados. Aqui na Paraíba isso é muito evidente.
Quando li “O Voo da Guará Vermelha” (2014), me envolvi de tal modo com a delicadeza no tratamento dado na obra às pessoas comuns, que devorei as 160 páginas em apenas um dia. A sua sensibilidade era também um traço de João do Rio ao buscar em pessoas discriminadas pela sociedade carioca, no início do século XX, as fontes de produção para belas reportagens humanizadas. Como é o seu processo produtivo na criação de tão encantadoras narrativas sobre a beleza e o potencial de superação de pessoas comuns, suas fontes de inspiração?
Isso é a minha experiência de vida. Eu vivi toda a minha vida ao lado de pessoas pobres. E até hoje eu não tenho razão para me arrepender disso. De jeito nenhum! Eu acertei! Toda a luta, toda a dor, tudo valeu a pena, sabe?
Identifiquei pontos em comum entre os fascinantes livros “Carta à Rainha Louca”, que você publicou em 2019, e “A Misteriosa Chama da Rainha Loana”, de Umberto Eco (2004). A protagonista de sua obra descobre, entre documentos do século XVIII, uma carta manuscrita que a defende da acusação de criar um convento clandestino. Um livro com tom feminista sobre mulheres brasileiras do período colonial, que também dizem respeito a mulheres brasileiras de qualquer tempo. Já Umberto Eco conta, em seu romance, a história do século XX, a partir de documentos encontrados pelo personagem no sótão de seu avô, na Itália. Duas obras sensíveis, humanas e que tratam de temas complexos em épocas distintas. Na sua perspectiva, podemos encontrar, nos tempos atuais, elementos como repressão, fascismo, autoritarismo, tratados no seu romance e no de Umberto Eco, em contextos distintos?
Com certeza! Tá tudo aí. É por isso que a gente precisa escrever.
Como você lida com as redes sociais? Adota para interagir com leitores? Ou prefere manter-se longe dos apelos dessas dinâmicas, usa apenas para resolver questões práticas?
Eu tenho grupos de whatsapp, fechados. Por exemplo, o Clube do Conto tem um grupo de whatsapp que não para um minuto. É um grupo de amigos de dezoito a oitenta anos. E tenho o grupo Mulherio das Letras (dois, na verdade: o de João Pessoa e o nacional). Há outros grupos, mas olho rápido e apago porque meu celular não aguenta.
A efemeridade da fama adquirida por muitos pode justificar a existência de um livro para o famoso dizer: “eu não sou só isso” e daí a existência dos ghostwriters?
Sim. É a onda do momento. Diante da pergunta “você leu o livro do Fulano?”, as pessoas compram, talvez nem leiam, mas colocam em destaque na sala de estar para as visitas verem. Antigamente, famoso era adjetivo qualificativo. A pessoa tinha de ser alguma coisa para se tornar famosa. Hoje é substantivo: os famosos. Onde vivem, como se alimentam. Primeiro, você é famoso. Depois, você vira escritor, claro. Como você já é famoso, seu livro vai vender. Assim, não se vendem livros pelo está escrito dentro, mas pelo que se escreve no entorno, a agitação que se faz em volta da pessoa. Os escritores mais jovens têm toda uma série de meios de se promover, de estar em todos os lugares, de criar uma rede de relações de promoção. E os famosos querem ter livros. Muitos desses livros são escritos por ghostwriters.
Liberdade de expressão é uma coisa. Liberdade de opressão é outra, completamente diferente. Não é dizer o que eu quiser, mesmo que não seja verdade. Não! Sobretudo ofender o outro em nome da liberdade de expressão.
Em palavras simples, como você tão bem sabe fazer, é possível explicar o que quer dizer “liberdade de expressão” e como você percebe a apropriação do termo pela ultradireita, que tenta dominar o mundo nos tempos atuais?
“Expressão” quer dizer “pôr pra fora aquilo que está lá dentro”. Então, a liberdade de expressão é o direito de todo mundo trazer à tona as dúvidas. Aquilo que está em mim. E não um veredicto contra o outro. Liberdade de expressão é uma coisa. Liberdade de opressão é outra, completamente diferente. Não é dizer o que eu quiser, mesmo que não seja verdade. Não! Sobretudo ofender o outro em nome da liberdade de expressão. Nós vivemos em um mundo muito complicado. Por exemplo, você vê essas guerras todas. O que é isso? É, simplesmente, a necessidade de desaguar a quantidade enorme de armas que há no mundo. É o maior ramo de capital de investimento do mundo. Se não gastar o estoque já produzido, você não pode produzir mais. A guerra é um investimento do capital. E o que é mais perverso, nisso tudo, é que a indústria é privada, mas os compradores são os estados. Com dinheiro público. Dinheiro tirado dos seus povos para dar lucro à indústria armamentista e de poluição.
E por que, apesar de tudo isso, você se diz esperançosa?
Porque isso não se sustenta mais por muito tempo. Eu sempre tive dificuldade em acreditar no inferno porque meu pai, quando eu era criança, resolveu o problema pra mim. Ele dizia: “Você tem de acreditar. O inferno existe, mas não precisa acreditar que tem alguém lá. Porque Deus é muito bom e, na última hora, ele sempre acha que tem coisa boa nas pessoas e salva”. Mas agora eu estou acreditando no inferno. Eles todos juntos. Onde só tem essa gente hiperegoísta que não tem amigos. Eles têm cúmplices. E o cúmplice você só conta com ele enquanto for do interesse dele. Na hora em que estiver competindo, ele joga você pra baixo. Eu acredito que há uma pequena porcentagem da humanidade que tem o que eu chamo de síndrome do vazio interior. Pessoas que olham pra dentro de si e não veem nada. Então, pra se sentir existentes, eles precisam ser delineados pelo olhar do outro. Mas tudo isso passa.
Que tempo delicioso, o que você passou ao lado da Maria Valéria Rezende! E que história linda de vida, a dela! Sei que ela é uma escritora bastante reconhecida, premiada, mas nunca li nada dela, mas um tempo atrás dei um livro dela a um filho da minha sobrinha, pois ele adora ler.
A Maria Valéria é muito especial. Tua entrevista com ela nos permite conhecer um bocado de uma pessoa especial, que vive conforme seus valores e por isso parece mais feliz do que a maioria.
Parabéns, Excelente trabalho realizado.
Fiquei impressionada com riqueza cultural dela, e está aqui no nosso quintal,privilégio paraibano!
Valeria maravillosa, siempre hay algo nuevo por aprender de ella.
Parabéns pela iniciativa